sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Minha Casa, Minha Vida' vai ter moradia de PVC

De acordo com o Instituto do PVC, o ciclo de vida útil do PVC varia de 15 a 100 anos, com uma média superior a 60 anos, e cerca de 88% dos produtos de PVC são feitos para durarem de 2 a 100 anos. Este é um dos motivos da sua intensa aplicação na construção civil, segmento que precisa de produtos duráveis e econômicos. Além disso, o PVC é um material 100% reciclável.

O acabamento é feito com os acessórios produzidos nas cores dos forros e em distintos modelos. São eles: cantoneira, moldura, roda forro (acabamento lateral) e emenda. “Os acessórios são fundamentais para o acabamento da obra e também dão beleza ao ambiente”,

Um novo conceito de construção de casas populares que utiliza, como paredes, perfis (estruturas ocas) de PVC preenchidas com concreto acaba de receber a certificação do Instituto de Pesquisas Tecnológicas e a homologação da Caixa Econômica Federal para uso, pelas construtoras, no programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal.
A tecnologia foi desenvolvida pela empresa catarinense Global Housing, em parceria com a petroquímica Braskem, produtora da resina termoplástica PVC, e a indústria DuPont, que fornece o pigmento branco (do produto químico dióxido de titânio), que absorve e dissipa os raios ultravioleta, para evitar rachaduras e outras degradações do plástico.
Segundo o sócio da Global Housing Roberto Gandolfo, o projeto está em desenvolvimento desde 2007, com o objetivo de oferecer ao mercado projeto de construção mais rápido, barato e sustentável. A empresa tem planta piloto em Araquari (SC) e já conseguiu que cerca de 500 casas fossem montadas dessa forma, a maioria para áreas que foram alvos de enchentes em Santa Catarina.
Gandolfo cita, entre as vantagens do produto, que é possível erguer uma casa em sete dias, frente aos 90 do sistema tradicional, com alvenaria. O conceito é simples: após a montagem da estrutura da fundação e da ferragem de reforço e da concretagem dessa base, perfis de conexão unem as peças em PVC, mantendo-as unidas, encaixadas “como se fosse um Lego (jogo de montar)” e depois há o preenchimento com concreto, explica Gandolfo.
Outro diferencial é o custo, pelo menos 10% a 15% menor, isso sem incluir benefícios indiretos dados pelo menor tempo de construção – o custo da mão de obra parada em dias de chuva, por exemplo, no modelo tradicional. Ele afirma que o metro quadrado da tecnologia concreto PVC gira em R$ 850 o m², enquanto o de alvenaria gira em torno de R$ 1.000.
A sustentabilidade também representa um diferencial, já que o sistema proporciona redução de 80% em perdas por desperdício de materiais e economia de 70% no consumo de água e energia na obra.
O vice-presidente de polímeros da Braskem, Rui Chammas, assinala ainda que o PVC, ao contrário de outros tipos de plásticos, não é inflamável. Além disso, junto com aditivos colocados no material, garante durabilidade – mínimo de 50 anos –, imunidade aos fungos e bactérias, facilidade de limpeza e conservação e baixíssima manutenção.

Casa de PVC e concreto da COHAB/SC foi destaque em feira no 17º Salão do Imóvel e Construfair.


O sistema de PVC e concreto foi usado para construção de moradias do Projeto Reação Habitação, do Programa Nova Casa, em Luiz Alves, no Vale do Itajaí

Modelo de 36 metros quadrados foi construído no estande da COHAB/SC
Uma casa construída com concreto e PVC tem chamou a atenção dos visitantes no 17º Salão do Imóvel e Construfair, em Florianópolis. O modelo, com tecnologia de origem canadense, foi produzido pela Companhia de Habitação do Estado de Santa Catarina (COHAB/SC) em parceria com a empresa Global Housing International.
O sistema já foi usado para construção de moradias do Projeto Reação Habitação, do Programa Nova Casa, em Luiz Alves, no Vale do Itajaí. Famílias atingidas pelas enchentes, em novembro de 2008, foram beneficiadas com as casas.
A COHAB/SC estuda agora a implantação do sistema para a produção de 903 moradias, que serão construídas em 30 municípios catarinenses, pelo Programa Minha Casa, Minha Vida. Constituída de painéis leves e modulares de PVC, de simples encaixe, a estrutura é preenchida com concreto e aço, resultando em um produto de elevada resistência.
O modelo oferece alta produtividade ao facilitar a administração de materiais, mão-de-obra e transporte. Proporciona uma construção rápida e limpa, elimina a necessidade de pinturas ou revestimentos, evita desperdícios e reduz o impacto, uma vez que o PVC é um produto reciclável.
Utilizado em edificações de até cinco pavimentos, é uma solução de uso diversificado, independente da região, do clima e da topografia. O PVC é um bom isolante térmico, elétrico e acústico, além de não propagar chamas e ser impermeável a gases e líquidos. Outro benefício importante são as paredes de menores espessuras, que geram um ganho de até 7% de área útil.

Fonte: COHAB Santa Catarina

Vejamos a construção de Paredes estruturais de painéis de PVC preenchidos com concreto armado exibido em uma reportagem de  Fernando Benigno da Silva e Fábio Aparecido Kawano.

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Descrição da tecnologia
Sistema de vedação vertical constituído de painéis de duplo encaixe tipo macho-e-fêmea ocos coextrudados de PVC, com diversas espessuras, preenchidos com concreto no local e armados. Além dos painéis de PVC, o sistema possui peças adaptadoras para acabamento interno e externo, marcos de portas e janelas e pré-marcos de janelas. As paredes têm função estrutural.
Componentes do sistema
Painéis de PVC com 64 mm, 100 mm e 150 mm de espessura, com comprimentos variáveis de acordo com o projeto. Os painéis apresentam nervuras internas para reforço e pele externa de aproximadamente 2,0 mm a 2,5 mm de espessura. Os painéis são fabricados com PVC livre de chumbo em sua composição.
O sistema é formado por diversos tipos de peças em diversas dimensões, em módulos múltiplos de 25 cm para a espessura de 64 mm, e em módulos de 100 cm para a espessura de 100 mm e 150 mm. Para ajustes de medidas de vãos são utilizadas peças adaptadoras.
O preenchimento dos painéis é feito com a utilização de concreto, sendo empregados concretos leves ou concretos comuns autoadensáveis.
O tipo do concreto a ser utilizado deve ser avaliado em função da tipologia da edificação e cálculo estrutural.
A armadura, em barras de aço, é introduzida no local antes da concretagem das paredes.
Para casas podem ser empregados painéis de até 64 mm de espessura, além dos demais. O emprego do painel de 64 mm para construção de sobrados, com vãos pequenos entre as paredes, pode ser feito mediante consulta prévia à Royal. Para mais de um pavimento, até o limite de cinco pavimentos, são empregados painéis de 100 mm e 150 mm; em ambos os casos é empregado concreto estrutural comum.
Características técnicas
Os painéis de PVC, que servem de fôrmas, apresentam acabamento final e não necessitam de revestimentos como pintura, textura, cerâmica etc.
A superfície dos painéis apresenta proteção contra a ação de raios UV, evitando a alteração da cor e resistência mecânica.
Os painéis, com ausência de chumbo na composição, apresentam garantia de 20 anos, respeitadas as condições de manutenção especificadas pelo fabricante.
O sistema é utilizado para construção de casas, prédios industriais, comerciais, escolas, hospitais, banheiros etc.
Os dados de desempenho do sistema construtivo da Royal do Brasil podem ser obtidos diretamente com a empresa.
Preparação de radier                               concretagem do radier


Etapas de produção e indicadores de prazo
A empresa recomenda, de modo a facilitar o processo de montagem dos painéis, que a base da fundação seja a mais regular e plana possível.
Os painéis de PVC são autoportantes no momento da montagem, ou seja, podem ser montados sem necessidade de estruturas adicionais, como escoras ou outros dispositivos de cimbramento.
Uma casa padrão econômico, de 42 m2, pode ser construída em até dez dias, com uma equipe de quatro operários.
Já em projetos de maior escala, pode-se conseguir uma produção de uma casa desse tipo, pronta, a cada três dias, aproximadamente, em média.
montagem de painéis de PVC

Restrições de uso
A empresa recomenda que em casos de projetos industriais, o sistema não seja utilizado em setores com temperatura ambiente superior a 80°C.
Recomenda-se não expor o sistema à ação de acetona, pois a mesma pode alterar a aparência do PVC.
Acabamentos
Os painéis já possuem acabamento final, por isso pode-se utilizar o sistema sem necessidade de revestimentos adicionais, ainda que o sistema aceite revestimentos e pinturas.
Além dos painéis para as paredes, a empresa entrega junto com o kit, marcos em PVC para as portas e pré-marcos em PVC para as janelas, deixando os vãos prontos para receber as esquadrias.
Além do sistema construtivo, a empresa fabrica outros produtos em PVC como perfis para fabricação de esquadrias, forros e acessórios que servem de complemento ao sistema construtivo.


Indicações de locais de construção e unidades construídas
A Royal pode indicar localização de obras construídas com o sistema construtivo, por consulta feita à empresa. Iniciou executando obras na região metropolitana de Porto Alegre; em outras regiões, a construção dos edifícios está a cargo dos construtores locais, que recebem suporte técnico e treinamento em alguns casos.
De acordo com a empresa, no Brasil existem hoje aproximadamente 70.000 m2 de área construída de edificações com o emprego do sistema construtivo, com a grande concentração de projetos (em sua maioria residências) no Rio Grande do Sul.
Além do Rio Grande do Sul, a empresa informa que tem construções nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso, Paraná, Rondônia, Alagoas, Bahia e Minas Gerais e tem projetos em fase de aplicação em Goiás, Piauí e Ceará.
Ferramentas e equipamentos necessários para a execução do serviço
n Escadan Esquadron Furadeiran Martelo de borrachan Parafusadeiran Prumo de face
Obs.: a empresa recomenda que não seja utilizado vibrador de mangote, pois pode prejudicar os painéis de PVC. O concreto deve ter a plasticidade adequada para preenchimento homogêneo dos painéis de PVC. Recomenda-se utilizar martelo de borracha para facilitar a "acomodação" do concreto, por meio de pequenas batidas na superfície dos painéis durante a concretagem.

Segurança
O uso de EPI's faz-se necessário quando da execução de serviços de montagem e concretagem, bem como de serviços complementares.
Nos trabalhos em alturas superiores a 2,00 m é necessário o uso do cinturão de segurança tipo paraquedista.
Quando do içamento das fôrmas, esse poderá ser feito manualmente, ou por meio de gruas, em edifícios metálicos, a carga máxima suportada pelo equipamento tem de ser respeitada, além de serem tomadas todas as cautelas necessárias para que não haja queda de materiais.
No caso de paredes de vedação, veja também uma relação dos equipamentos de proteção coletiva necessários à execução do serviço:
n Bandejas primárias e secundáriasn Cancelas para bloqueio de circulaçãon Tela de proteção para fachadasn Telas de proteção do andar
Abaixo a relação dos EPI's necessários:
n Bota de segurança com bico de açon Capacete de segurançan Cinto de segurança com trava-quedas (preso em cabo de aço ou corda de segurança auxiliar)n Luva de proteção (vinílica, de raspa)n Óculos de segurança
painéis de PVC montados e escorad

Controle da qualidade
O controle da qualidade dos perfis de PVC é feito no momento de sua fabricação considerando:
n Corn Resistêncian Peson Acabamenton Dimensões
O material é analisado no laboratório da própria empresa e, após sua aprovação, os painéis são cortados sob medida, conforme projeto, numerados, etiquetados, embalados e enviados ao local de destino.
Dois aspectos são fundamentais no controle da qualidade: a resistência à radiação UV e a reação ao fogo, considerando índice de propagação superficial de chamas e densidade máxima de fumaça gerada.
Avaliações técnicas
Os relatórios referentes às avaliações técnicas e os dados de desempenho do sistema construtivo da Royal Plásticos podem ser obtidos diretamente com a empresa.
concretagem


Manutenção
A limpeza pode ser feita com água e detergente neutro ou álcool com a utilização de pano ou estopa limpa. O emprego de outros produtos fica condicionado à análise prévia do fabricante do sistema construtivo.
Recomenda-se evitar o uso de produtos que possam danificar o PVC como, por exemplo: acetato de vinila, acetona, acrilato de etila, água clorada, anilina, benzeno, éter, naftalina e tolueno.
No caso de argamassa e concreto, recomenda-se que a remoção seja feita ainda no estado fresco.
Para limpeza final, quando da entrega da obra, recomenda-se proceder da seguinte maneira:
n PVC deve ser limpo com pano umedecido com água e sabão neutro ou álcool.n No caso de manchas provocadas por tintas, as mesmas devem ser removidas de modo que sua retirada não comprometa a integridade e superfície do PVC.n A remoção de argamassa ou concreto sobre o PVC deve ser feita de forma a não danificar o material.

Vida útil de projeto e prazos de garantia (NBR 15575-1:2008)
Conforme a NBR 15575-1:2008, a vida útil é uma indicação do tempo de vida ou da durabilidade de um edifício e suas partes. A vida útil de projeto (VUP) é definida no projeto do edifício e de suas partes, como uma aproximação da durabilidade desejada pelo usuário, representando uma expressão de caráter econômico de uma exigência do usuário, contemplando custos iniciais, custos de operação e de manutenção ao longo do tempo.
No Brasil, para os edifícios habitacionais, foi adotado, em caráter informativo, o período de 40 anos como vida útil de projeto mínima (VUPmínima) e o período de 60 anos como vida útil de projeto superior (VUPsuperior), sendo que a escolha de um ou outro período cabe aos intervenientes no processo de construção. Para que a vida útil de projeto seja atingida é necessário o emprego de produtos com qualidade compatível, a adoção de processos e técnicas que possibilitem a obtenção da VUP, o cumprimento, por parte do usuário e do condomínio, dos programas de manutenção e das condições de uso previstas. Os aspectos fundamentais de uso e manutenção do edifício e de suas partes normalmente são informados no manual de uso, operação e manutenção do edifício, ou em manuais de fabricantes, sendo que a NBR 5674 é uma referência para definição e realização de programas de manutenção nos edifícios.
Associado à VUP está o prazo de garantia, contado a partir da expedição do "Auto de Conclusão" ou "Habite-se" do edifício.
Considerando-se, portanto, os prazos de vida útil mínimo e superior para o edifício habitacional, de 40 e 60 anos, respectivamente, a NBR 15575-1 traz, em caráter informativo, os prazos de VUP e de garantia para sistema construtivo com painéis de PVC apontados na tabela 1.
Nota: mais detalhes quanto a prazos de garantia e vida útil de projeto poderão ser obtidos diretamente com a Royal; segundo a empresa, tais prazos poderão ser estendidos, respeitando-se os procedimentos de manutenção constantes do seu manual.

Montagem da cobertura

Formas de comercialização
A Royal do Brasil comercializa os painéis de PVC em forma de kit. Os painéis são fabricados sob medida, de acordo com cada projeto.
Em alguns projetos de lojas e agências bancárias, a empresa pode trabalhar na construção integral da unidade, assim como edificações na região metropolitana de Porto Alegre. A empresa fornece atividade de capacitação de mão de obra àqueles que adquirirem o kit para construção.
A construção é feita normalmente por construtoras, com acervo técnico para o uso do sistema construtivo.
A Royal do Brasil tem parceria com empresas licenciadas e representantes, para a comercialização da tecnologia em diversos tipos de projetos e regiões do País.
Indicadores de preços
O custo de uma residência térrea construída com o sistema construtivo fica em torno de R$ 550,00/m2 de obra pronta, já incluído o custo do kit de PVC de 64 mm para as paredes, que deve representar em torno de 40% do valor citado. Para sobrados ou prédios de até quatro pavimentos, o custo estimado para os projetos fica entre R$ 600,00 e R$ 700,00/m2. Os valores citados consideram: kit de PVC Royal + materiais complementares + mão de obra, sem BDI. São valores referenciais uma vez que os materiais e a mão de obra apresentam valores diferentes em cada Estado. Outro fator de alteração do custo final do prédio são as soluções de arquitetura adotadas em cada região (pé-direito, tipo de cobertura, acabamentos, aberturas etc.). O valor do custo do kit de PVC pode variar entre 35% e 45% do custo de material e mão de obra de um projeto.
Em resumo, os valores informados são do custo do metro quadrado de casa pronta, (materiais + mão de obra), sem BDI do construtor (valores data base julho de 2009).


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